Os olhos fechavam-se, pesando por sobre si mesmos. Já era tarde. O pensamento vagava. O frescor da noite entrando pela fresta na janela. O edredon tocava-lhe levemente o corpo e sentia-se acariciado. Era um bom convite ao sono. Um bom repouso. Aos poucos, sem que se desse conta, a consciência perdeu-se e começou a vagar por caminhos estranhos...
Era uma rua. Uma rua muito cheia. Muitas pessoas. E ele buscava alguém.
Do outro lado. A mesma rua. A mesma multidão. E a outra pessoa o procurava.
Acordara com a ligeira sensação de que ali, naquele sonho, havia um encontro de almas prestes a acontecer. Aconteceria de fato, não fosse o despertador tocando ou uma mensagem intrometida no meio do sonho que assustasse cada um dos dois envolvidos mais do que a própria situação era capaz de assustá-los.
Esta noite, talvez sonhasse de novo. E talvez, apenas talvez, nada entrasse em seus caminhos.
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