Gabriel escrevera então para Guilhermina uma mensagem lhe chamando para ir ao cinema na noite daquele mesmo dia.
Aguardou por uma resposta
que não vinha.
Quando já estava no cinema, a resposta que teimava em não chegar, fora recebida com uma vibração silente de seu celular.
Mesmo na sala escura, em meio à projeção, Gabriel lera a mensagem... Responderia? Talvez... Mas nenhuma mensagem pequena seria capaz de falar do que ele percebia que tinha feito: mais uma vez, por medo diante do que procurava (pois que Guilhermina era o que ele procurava e encontrar o que procuramos, às vezes, nos dá medo), Gabriel agiu imbecilmente e usou a defesa mais comum a si: o humor deslavado e barato.
Mas talvez respondesse educadamente. Talvez fosse no mínimo educado pedir desculpas pelas brincadeiras que fizera com a distância em que a menina morava... Mas queria mesmo era que ela o desculpasse por como agira e que o desse, ao menos outra vez, a possibilidade de sua presença do outro lado da mesa.
Sábado
Há 10 anos
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