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sábado, 15 de março de 2008

Da breve continuação do encontro no horário de almoço

Gabriel escrevera então para Guilhermina uma mensagem lhe chamando para ir ao cinema na noite daquele mesmo dia.





Aguardou por uma resposta







que não vinha.



Quando já estava no cinema, a resposta que teimava em não chegar, fora recebida com uma vibração silente de seu celular.
Mesmo na sala escura, em meio à projeção, Gabriel lera a mensagem... Responderia? Talvez... Mas nenhuma mensagem pequena seria capaz de falar do que ele percebia que tinha feito: mais uma vez, por medo diante do que procurava (pois que Guilhermina era o que ele procurava e encontrar o que procuramos, às vezes, nos dá medo), Gabriel agiu imbecilmente e usou a defesa mais comum a si: o humor deslavado e barato.
Mas talvez respondesse educadamente. Talvez fosse no mínimo educado pedir desculpas pelas brincadeiras que fizera com a distância em que a menina morava... Mas queria mesmo era que ela o desculpasse por como agira e que o desse, ao menos outra vez, a possibilidade de sua presença do outro lado da mesa.

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