Google

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Compreensão (Resposta à Amira)

Quanto mais gostava de alguém, menos era ele mesmo.
Quanto menos gostava, mais se revelava.
Os primeiros, por isso, o abandonavam.
Os segundos, por isso, se encantavam.
Pelos primeiros, morreria.
Dos segundos, sempre fugira.
E agora, você pode encontrá-lo numa esquina ou dentro de seu quarto lamentando todos os amores que amara e deram errado e todos os não-amores que o amaram e que ele rejeitara sumariamente.
Na percepção de que, sendo si mesmo, algum amor lhe é devotado, sente-se bem. Mas sente-se mal pelo medo que tem de ser ele mesmo quando mais lhe é necessário, diante de quem ele gosta. E pensa: "Se sei que sendo eu, conquisto... Se sei que não sendo eu, gero repulsa... Percebo que meu projeto de não ser sozinho no mundo, em verdade, é apenas a máscara do meu projeto de ser fracassado no amor, porque mesmo sabendo o caminho (que é ser eu mesmo diante de quem gosto), insisto em não seguí-lo e há aí, então, uma escolha deliberada pela solidão e pelo sofrimento amoroso".

Um comentário:

Anônimo disse...

I was thinking about it, and I think this is very accurate. Sad, but very true.
Would there be a reason for you to break this chain? Would there be a reason to try to change, or is this part of the "whole deal"?
Nao que eu esteja dizendo that it's one thing or another. Just wondering.