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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Do Pequeno Príncipe

Coincidências há que não se compreende. Certos acontecimentos devem permanecer calados no canto da parede de tempo em que aconteceram para que, de onde estamos agora, possamos olhá-los em busca de compreensão. Por mais que se olhe, contudo, as percepções sempre mudam e assume-se tarefa impossível essa de dar conta de todo o surpreendente acontecido:
Pois que foi em uma noite suja que se falaram pela primeira vez e na primeira noite suja em que não se falaram vez alguma, metade deles (que é o mesmo que dizer "um inteiro") sentiu falta da palavra do outro, que não vinha, que não vinha.
Lembrou-se então, súbito, da raposa e do príncipe: "venha sempre todos os dias no mesmo horário", ela disse, "pois assim cria-se a expectativa", ela disse, "e com o tempo, virá... a saudade".

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