terça-feira, 31 de julho de 2007
Last Goodbye
I hate to feel the love between us die.
But it's over
Just hear this and then I'll go:
You gave me more to live for,
More than you'll ever know.
Well, this is our last embrace,
Must I dream and always see your face?
Why can't we overcome this wall?
Baby, maybe it's just because I didn't know you at all.
Kiss me, please kiss me,
But kiss me out of desire, babe, and not consolation.
Oh, you know it makes me so angry 'cause I know that in time
I'll only make you cry, this is our last goodbye.
Did you say, "No, this can't happen to me"?
And did you rush to the phone to call?
Was there a voice unkind in the back of your mind saying,
"Maybe, you didn't know him at all,you didn't know him at all,oh, you didn't know"?
Well, the bells out in the church tower chime,
Burning clues into this heart of mine.
Thinking so hard on her soft eyes, and the memories
Offer signs that it's over, it's over.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Ah! Tenho que dizer
Cheguei tarde do trabalho hoje. Ouvindo "Cocteaus Twins", "Wax and Wane". Deitei na cama. Soltei o corpo pesado do dia de trabalho e aí veio uma vontade doida de dizer isso que digo agora:
- Lucas e Magrela, amo muito vocês!!!!
Da paixão pela idéia ou Sobre o Opção Deliberada pelo Platonismo
A tensão aumentava a medida que ia dando seus passos em direção ao desconhecido, que era tudo a seu redor. Não estava acostumado com tantas pessoas pela rua. Não estava acostumado a não ser ninguém em meio à concretude dos prédios e carros.
Os ombros, outrora erguidos, iam aos poucos caindo. O rosto, exultante em excitação, perdia as feições de alguém em busca de seu desejo mais profundo. Até mesmo a clareza que tinha quanto aquilo que sentia ia se esvaindo a cada rua, a cada pessoa por que ele passava.
Duas horas depois, um lanche rápido - o que lhe renovara as energias - e um papo rápido com o rapaz sentado ao seu lado na lanchonete, caminhava novamente pela rua e avistara lá adiante... Seria ela? O cabelo era parecido. O modo de andar. Cada um dos movimentos... Não ficara muito tempo com a menina. Apenas todos os dias de um final de semana. O suficiente para acreditar conhecê-la, o suficiente para arriscar e sair de sua cidade em busca do que desejava.
Apressou o passo. Sim, era ela. Havia de ser ela. Muito parecida. E seria, mais uma vez, a coincidência, aquilo que tanto conspirara a favor do primeiro encontro de ambos, que lhes faziam esbarrarem-se numa cidade tão grande como aquela?
Já próximo, quase podendo tocá-la nos ombros, exclamou:
- ---!
Ela virara o rosto espantada. Algum conhecido? Sim, ao menos ouvira seu nome.
Ele lhe acenava. As mãos para cima. Em profundo êxtase, acenava para a menina. Por fim, haviam se encontrado... Mas... Não... Não era ela que vinha ao seu encontro de braços abertos... Não era ela! Vira a menina abrindo os braços e o sorriso, mas não era ela! Vira a menina se aproximando para um abraço. Talvez um beijo... Mas não era ela!
Fechou a cara e, desviando-se do abraço, partira em disparada para o ponto de ônibus mais perto.
- Por favor, o senhor sabe me dizer o número do ônibus para a rodoviária? - perguntara e, recebendo a indicação, entrara rapidamente no ônibus. Ainda pudera ver, lá de dentro, a cara de estupefação daquela menina. Muito parecida com a sua ---, mas não podia ser ela.
E voltou para casa, apaixonado pela idéia que negara-se ser frustrada pela realidade. Voltara para casa, o peito extravasado em dor pela idéia de --- que quase se perdera naquele breve encontro com... ela?
quarta-feira, 25 de julho de 2007
A vida é uma burocracia chata. E adoro preencher seus papéis, assinar. Me falta o carimbo, contudo. A validação. A certeza da aceitação, com protocolo e assinatura do recebedor.
Queria saber da vida grandes coisas. Mas tudo o que sei é que ela é burocracia pura. As etiquetas. As relações. A boa-educação. Pudera mandar tudo isso para o inferno, mas já não teria uma vida, pois fugiria da burocracia que ela, em si mesma, é.
Uma vida desburocratizada é uma vida de compromissos solipsistas e fujo de mim. Prefiro preencher a papelada e requisitar meus documentos a arriscar encarar a mim mesmo e apenas. Prefiro ter a certeza de poder encarar os outros e deles cobrar as respostas certas.
terça-feira, 24 de julho de 2007
O viandante
O que veria?
Imagino que veria um viandante. E que este ia errante pela estrada. Uma estrada longa, um pouco sinuosa, mas que tinha sempre um mesmo caminho, uma mesma direção: adiante. E que nessa estrada, veria o viandante zigue-zagueando, em busca de troncos e coisas seguras na beirada, coisas a que pudesse se prender e tomar como garantias, parando assim de caminhar.
Mas se parasse de caminhar, não seria viandante. E sabia-se viandante. Foi por isso, por saber-se sem saber que sabia-se, que deu-se conta um dia de que não era necessário correr para as margens em busca de algo a que pudesse se prender: bastava caminhar e ir conhecendo estas coisas que lhe passavam pela lateral, relacionar-se com as coisas e deixá-las seguir o rumo próprio ao passo que ele mesmo seguia o seu.
Foi assim que decidiu (e isso, posso ouvir e precisar o momento exato em que ouvi): Vou deixar-me viver.
Viu passarem árvores, troncos, pequenas ramagens, pedregulhos. Aproximou-se deles. Deixou-se ali ficar. E partiu, sem medos, sem arrependimentos.
Foi quando lá na frente, bem lá na frente na estrada, avistou uma grande lagoa.
Apressou o passo para chegar mais rapidamente ao lugar, tão interessante e certo visto assim de longe.
Lá chegando, avistou toda a extensão daquele lago, dando-se conta de que não se tratava de um lago, mas apenas de um grande rio que passava por ali. Aquele amontado de água que vira lá de longe era nada mais que um remanso do rio que, lenta e placidamente, seguia seu rumo em busca da foz onde, um dia, de fato se entregaria e de fato se deixaria ficar.
Nosso viandante, outrora decidido a não aprisionar-se a nada que lhe aparecesse no meio do caminho, decidira deixar por um instante suas bolsas e despojar-se de suas vestes e banhar-se tepidamente nas águas plácidas e limpas do rio.
Aquela água era tão prazenteira. O modo como lhe tocara o corpo num primeiro instante, fazendo os pêlos eriçarem-se e pequenos calafrios subirem pelo dorso. E o modo como ela, a água, tirara dele as sujeiras que lhe embaralhavam as vistas, deixando-o ver a estrada que ele deveria seguir de modo mais claro.
Aquela água, tão prazenteira, fizera o viandante querer prender-se novamente a algum lugar. Mas e sua decisão anterior? De que lhe valeria se se deixasse ficar ali, abandonado às margens do rio?
Decidiu então por um dia entregar-se ao rio. Como seria? E passou toda a extensão de um dia banhando-se naquelas águas.
Ao final desse dia, porém, deu-se conta de que a água que por ele passava, passava e segui seu curso, em busca da tal foz a que se entregaria no fim. Não era o mesmo rio, o filósofo já lhe alertara um dia, não era a mesma água; quiçá aquela ali era a mesma margem, que a brisa leve carregava folhas e um pouco da terra.
Assim, nosso viandante despediu-se do rio, vendo toda aquela água deixar-se ir pelo portão formado pela margem na parte em que se estreitava, cinco metros mais abaixo de onde ele e o rio haviam se encontrado e sido cúmplices.
Vestira sua roupa, pegara suas bagagens. Hoje, tenta andar novamente pela estrada, resistindo de novo e a cada segundo ao desejo de retornar ao remanso regozijante do rio que segue.
A imitação de Machado
.
...
.
?
.
???
!??!
?!
.
...!
?...
...;...;...
E tentava encontrar as definições que lhe eram tão caras. Mas não havia nada que pudesse lhe dar a certeza, que a vida são incertezas que constituem.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Twentysomething
Sabe como é... Enchemos o computador com música e nunca damos muita atenção a tudo o que temos. Gosto da voz dele desde a primeira vez que ouvi. As músicas, bem, uma ou outra é nova, mas ele tem esse jeito de trazer as antigas de um jeito bom (não melhor, mas bom).l
ENtão ele começa a cantar essa música que dá nome ao álbum, "Twentysomething". Não sei, mas acho que o nome pra isso é "identificação", ou "projeção"? Aliás, quando termina a projeção e começa a identificação e vice-versa...?
After years of expensive education,
a car full of books and anticipation,
I’m an expert on Shakespeare and that’s a hell of a lot
but the world don't need scholars as much as I thought.
Maybe I'll go travelling for a year,
finding myself or start a career.
I could work for the poor though I’m hungry for fame
we all seem so different but we're just the same.
Maybe I'll go to the gym, so I don't get fat,
are things more easy with a tight six pack?
Who knows the answers? Who do you trust?
I can't event separate love from lust.
Maybe I’ll move back home and pay off my loans,
working nine to five answering phones.
Don't make me live for my friday nights,
drinking eight pints and getting in fights.
I don't want to get up, just let me lie in,
leave me alone, I'm a twenty something.
Maybe I'll just fall in love that could solve it all,
philosophers say that that’s enough,
there surely must be more.
Ooooh Love ain’t the answer nor is work,
the truth alludes me so much it hurts.
But I’m still having fun and I guess that's the key,
a twenty something and I'll keep being me.
domingo, 15 de julho de 2007
A carta de (des)amor
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Sobre pessoas e pessoas
domingo, 8 de julho de 2007
Dos factuais I
É que há a insegurança cotidiana e a possibilidade de que no mundo existam coisas muito melhores que meu próprio corpo. Gostaria de fazer plásticas e modificá-lo. De que nos vale o mundo senão para que possamos interferir nele?
Meu corpo é um fato, mas não é meu fato. É meu incômodo. Quero modificá-lo ou modificar a idéia que tenho dele.
Já tentei de tudo: de dietas a exercícios, de não vê-lo a contemplá-lo diante de um grande espelho. Tento ver através de suas carnes aquilo que sou, mas ele sempre se interpõem, colocando-se exatamente no meio do caminho entre o que sou e como me vêem. Não sou meu corpo, mas pensam que seja e temo que fique só por isso. Vejo a beleza que há por dentro das pessoas e me apaixono por elas, mas não há como garantir que farão o mesmo.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Cthulhu
Sabe Cthulhu? Pois é, eu também não sabia. Mas agora sei. Vou retirar do mito apenas a parte do "Messias", de que tipo, Cthulhu era como um messias. E por ter tido uma educação católica, por Messias entederei algo bem como Jesus Cristo, uma parada muito "totalmente" foda! (Ps.: Não, gente, não virei evangélico... é só para vocês entenderem. Imagine que eu seja um daqueles caras que paga dízimo de salários inteiros e acredita em cada coisa que o pastor diz e faz o maior esforço para seguir aquilo porque quero ser como Jesus, entendem?).
Pois é... Não tenho amigos. Tenho Cthulhus.
Estou há mais ou menos uma semana tentando achar uma imagem. Esbocei uma tentativa naquele post por aí abaixo que fala sobre verdade, sobre relacionamentos coesos etc... Mas é que não consegui escrever lá. Acho que hoje achei a tal imagem. Mas não dá pra escrever um conto pq seria cafona. A vontade é de gritar isso da janela bem agora: tenho Cthulhus em minha vida! E como sou feliz por isso!