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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Correspondência 2

Esta é segunda de uma série de cartas encontrada às margens do rio de Águas Turvas num domingo à tarde, em uma caixa amarelada pelo tempo.
Clarice, a provável autora, ainda desconhecida, a despeito de todas as procuras, responde a carta enviada por Bruno, seu amante.
(O autor)
Águas Turvas, 20 de agosto de 1972.

Bruno,

Não sei o que te dizer...

Recebi sua carta. Quanta coisa, não?

Não se trata de cutucar onça com vara curta. Você não é onça e não há varas, nem curtas nem compridas.

Você tem razão. Não me deve explicações, justificativas, explicações... Embora - e aí não sei se percebeu - tenha feito isso em cada uma das linhas que me escreveu.

Lamento pelo estilo pobre da sua escrita. Esperei algo um pouco mais elaborado do que dezenas de palavrões a cada linha. No entanto, sigo o estilo: vá se foder!

Um abraço fraterno,
Clarice

Um comentário:

Anônimo disse...

PER-FEI-TO