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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sobre sempre conhecer pela primeira vez

Sábado conheci pessoas conhecidas pela terceira vez (?) e elas me conheram novamente também. É estranho conhecer pessoas conhecidas de novo. Há um quê de contentamento e de tristeza em conhecer sempre pela primeira vez.

Admito: no começo me senti meio estranho. Deslocado talvez seja a palavra. Pensava: sou eu que dou muita atenção às pessoas.

Mas, como disse, há um quê de contentamento e de tristeza ao conhecer sempre pela primeira vez. É como se nada mais houvesse além da possibilidade de uma primeira vez.

"Prazer", diziam eles quando eu era apresentado por Lucas. E eu pensava: como assim "prazer"? Será que não se lembra que já nos conhecemos?...

E fato: não se lembram.

Comprei também sabonetes novos. Tomar banho virou uma tarefa árdua. É que tem um de açúcar mascavo e foi exatamente o que abri primeiro. Me dá ânsia de vômito. Será que vou associar banho à vômito? Espero que não... Sempre gostei tanto de banho.

E será que vou associar a palavra "prazer" a relações que não se aprofundam? Pois quando tudo não passa de primeira vez, há o contentamento da leveza, mas há a tristeza da dificulade de referências ao passado, de trocas, que são o que fortalecem qualquer relação.

Devo dizer: de fato, não me importo. Por fim, acabo me sentindo em casa. São pessoas ótimas. Diria que são pessoas bastante sedutoras. No final, conversamos, nos esbarramos e até trocamos palavras. Mas... É assim: já sei que, da próxima vez, será novamente "prazer" a palavra que vou ouvir.

Gente, pensem: isso é assim mesmo ou é só medo? Tem que ser assim mesmo ou é só falta de uma boa terapia?

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