Google

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Olfodor e o sentir

Na vida há sempre confusões.
Pois vejam vocês... Este mês, por exemplo... Setembro é sempre mais promissor que o pobre agosto. E pensei: pela primeira vez chego à marca dos 30 contos em um mês... Quer dizer, quase um post por dia... Seria ótimo!
Mas aí o que me resta são contos inacabados. "Crime no Catete", por exemplo, está pronto na cabeça, mas quem disse que consigo passar para o computador está mentindo! Nem para o papel consigo...
Tantas coisas em tão pouco tempo!
Pois é... Houve uma vez, há muito tempo, vejam vocês, há uns três, quatro anos, que escrevi sobre Olfodor. Gostava desses anagramas bobos, fingindo que falava de mim sem o fazer. Olfodor, nada mais óbvio. E Olfodor não sentia... Lembro-me bem "Olfodor não sentia, Olfodor era algo que não se permitia", eu dizia no conto.
Pois agora Olfodor sente. E o que faz do que sente? Sente-se confuso!
Minha gente! Sente-se confuso com tanto sentir, o pobre (e vejam bem: quando falo de Olfodo não falo de mim, claro!). Também, pudera! Três anos e pouco sem sentir e agora, sente... Por sorte os sentimentos não sentidos ainda não vieram cobrar com juros e correção pelo tempo que ficaram em fila de espera.
Imagina se isso fosse como uma central telefônica! Quantas ligações Olfodor não ia ter que atender agora, de cada sentimento chatinho dizendo: "Ei, agora toma! E te vira!". Sortudo Olfodor, voltou a sentir mas sem a cobrança dos sentimentos não sentidos no passado.
Ó, tem horas que ele está assim, parado... Do nada sobe essa queimação na garganta e... Um riso gostoso. E ri de si. Não, minha gente! Ele não precisa mais de filme, de livros ou de música! E às vezes a queimação é um choro doído, muitas vezes pela confusão por não estar mais habituado a sentir.
E o que sente? Ixe! Tanta coisa.
Por exemplo, sexta Olfodor saiu com suas amigas. Nossa! Que saudade que ele sentiu durante o final de semana! Tanta que elas nem fazem idéia!
E sábado. No sábado, Olfodor saiu pra dançar com uma amiga das antigas (tanto tempo sem se verem) e conheceu gente nova. E por mais que insista em pensar que não, Olfodor gostou bem é de tudo. Quer dizer, quase tudo, que depois veio uma confusãozinha na mente dele: ele agora pensa que tudo o que estudou nos últimos 3 ou 4 anos de nada lhe serve... Pois imaginem! Agora ele quer mudar até mesmo de seita (e não falo de religião)!
Olfodor é meio estranho, às vezes. Acho que anda meio perdido o coitado no meio de tanta coisa que anda sentindo. E mesmo sem os sentimentos antigos virem bater-lhe à porta e cobrar os atrasados, há tanto sentimento bom e ruim agora, neste exato momento, que ele fica perdidinho. Mas, o melhor: não deixa nenhunzito passar! Vai logo agarrando os sentimentos atuais e... Sentindo.

Ó, não conheço bem o tal do Olfodor. Mas até simpatizo. Domingo por exemplo ele descobriu que mais que ama as amigas. Ele não consegue viver sem elas. AH! Não só as amigas, tem os amigos também. Mas é que elas são mais próximas...

Hoje, por exemplo, teve outra do Olfodor (prometo que é a última): ele reencontrou Lucas depois dum final de semana. Lucas tava meio chata, sabe? Mas é normal. Tem dias que Lucas não está nem para Lucas mesmo. Mas sentiu assim, um calorzinho no peito... É que ele sabia que mesmo de maré ruim, Lucas ia estar ali. Mais Lucas do que todos os outros (e, não, não é chantagem emocional e nem adianta, Lucas, se preocupar achando que não é boa amiga. Vá pro diabo com essas auto-cobranças tolas!).

Mas é isso, minha gente, Olfodor sente. Rola confusão na cabeça dele, mas o que importa é que ele sente!

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro, Olfodor...

Houve um tempo em que eu mal podia exprimir minhas idéias. Tudo o que conseguia dizer era: Muita coisa!!! O motivo: Era muita coisa mesmo!!! A esse tempo eu devo sensações nunca antes vividas, algumas boas, outras ruins, mas todas ne trouxeram uma oportunidade única: aprendizado, amadurecimento, cada uma a seu jeito.
Houve um tempo em que a confusão era tanta que eu não era capaz de entendê-la. Nesse tempo, ou eu ria muito, ou muito chorava.
Houve um tempo em que tive a sensação de perder-me e encontrar-me num só momento. Não, eu não estava enlouquecendo, eu estava em meu estado maior de lucidez. Nesse tempo eu precisei de amigos, também precisei ficar só. Eu me queria inteira, queria saber quem era aquela menina confusa que se apresentava, pela primeira vez, a ela.
Nesse tempo, havia um rapaz que me chamava de Quonime e escrevia contos maravilhosos para que eu pudesse desatar uns nós.
Hoje, lendo Olfodor, lembrei-me da Quonime e todas as suas dúvidas, incertezas e clarezas e tive muita vontade de estar contigo.
Esses tempos transformam toda uma vida...
Te amo!!!

Lili disse...

Que coisa linda este comentário da sua irmã. Lindo isso, queria que meu irmão fosse mais próximo de mim, será que um dia?

Talvez, mas até lá, e espero em verdade que muito tempo depois que isso aconteça, acontecendo ou não, eu tenha outro irmão não tão mais novo, coisa pouca, uns sete anos...e que com os anos ele vá se tornando mais velho, porque eu pretendo mentir idade hahahahaha.

Amo muito você também. E sim, eu sou uma chata!!

Ahh!

Beijos,

Lucas.